Vivendo
positivamente na terceira idade
Se vivemos numa sociedade
em que a questão sexual na terceira
idade é cercada de tabus, incertezas e até preconceitos, misture a AIDS
nesse cenário...
A doença, que destrói o sistema imunológico do
enfermo, tem feito muitas vítimas no Brasil. Nos últimos 10 anos, o número de
infectados pelo vírus HIV na população com mais de 60 anos aumentou em 50%, segundo
o Ministério da Saúde. O número é alto, mas o que mais preocupa o Programa
Nacional de DST e AIDS, é que esses soropositivos (pessoas que são clinicamente
atestadas como infectadas), morrem pouco tempo depois de diagnosticados, por
buscarem ajuda tarde demais.
De acordo com especialistas, o fato de a doença
ser transmitida principalmente por relação sexual, gera vergonha nesses
infectados, temendo comentários como: “que sem-vergonha, nessa idade foi pegar
AIDS...”
Este é um lado. O outro e que, homens
heterossexuais, com idade acima dos 50, são de uma geração que valorizava o
sexo livre dos anos 1960 e 1970, para os quais a doença ainda é uma “ficha que
não caiu”. Portanto, será mesmo tão importante a proteção contra ela?
Soma-se a isso os fatos da maior longevidade e
do surgimento de medicamentos que aumentam a virilidade, o Viagra, por exemplo.
A prevenção e o conhecimento ainda são os
melhores remédios contra a doença. Mas não se pode deixar de mencionar que o
apoio familiar, principalmente nessa faixa etária, é muito importante. Há
relatos de pessoas sexagenárias que levam uma vida normal, convivendo com a
AIDS. Mas só os filhos sabem da doença...